quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sobre a vida e seus males

E quem é que nunca sofreu de amor, falou sem pudor,
Chorou de dor e até achou que não pudesse aguentar?
E quem é que depois de algum tempo não ri de tudo que passou,
olha pra trás e vê que tudo terminou,
Que o dia raiou e a noite acabou.
É mesmo assim, a vida e seus males,
males ou bens, depende vindos de quem,
um dia verás que na verdade tudo isso te fez bem,
te fez enxergar alguém, e o ciclo continua,
nessa nossa vida, nesse nosso vai e vem.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Esqueço-me que quem nasceu pra ser igual
nunca poderá ser diferente, mostrar-se diferente,
será sempre a mesma pessoa,
do mesmo jeito, com a mesma fala e consequentemente,
com as mesmas atitudes previsíveis.
Engano meu, puro devaneio achar que vai ser diferente,
será sempre tudo igual,
porque quem é igual a maioria
nunca conseguirá ser diferente para mim.
Mas haverá o dia em que você será igual,
igual a qualquer um que houver na rua.
Igual a qualquer humano,
diferente de tudo que sonhei pra mim.


Da hora do almoço. Da rua. Do celular.
Gravado para ser lembrado.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Acordei com vontade,
e é tanta vontade que fica difícil explicar.
Vontade de banho de chuva,
sono sem despertador,
conversa sem pudor,
amizade com amor,
ah, em se tratando de amor, quero mais,
garçom, traga mais uma porção,
mas quero uma gigante agora!
Tô com vontade.
Vontade de terminar o começado
e começar o que ainda está parado.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Por uma sexta feira mais poética...


CANÇÃO DE OUTONO


Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.

De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando aqueles
que não se levantarão.

Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certo de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão.

Cecília Meireles

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Se há uma coisa que é lamentável ouvir/ler de alguém é:
"Estou numa fase complicada, com muitos problemas",
como desculpa pra por fim em um relacionamento
(ou no que esperávamos ser um relacionamento).
Afinal, quando estaremos em uma fase sem
complicações e problemas? Sempre me questiono.
Ouvi da minha irmã uma vez e levo como lição de vida:
"Há cruzes que Deus dá pra nós,
mas existem aquelas que nós escolhemos carregar."
Entendo então que estar em uma fase complicada,
cheia de problemas é uma cruz que a gente decide carregar,
pelo menos na maioria das vezes.
Sendo assim, cara amiga, deixe-o viver essa fase ruim, sozinho.
E quando ele resolver entrar em uma boa fase e procurá-la,
diga que você está em uma fase tão boa que não depende dele pra melhorar.


Com carinho, para a Gi.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

bem

E então eu olho pra mim e penso: estou bem.
Mas não, na verdade, não estou.
Na verdade mesmo, nem eu sei o que é estar bem,
nem eu sei quando é que estou bem.
E afinal, o que é estar bem?
Já pensei que estaria bem quando
tivesse alguém que gostasse de mim
ou quando eu gostasse realmente de alguém,
gostasse não, amasse.
Pensei que ficaria bem quando todos
que eu prezo fossem inteiramente felizes.
Achei que bem eu estaria quando... Quando... Sei lá quando.
Talvez quando tudo estivesse perfeito. Me frustrei.
Entendi então que nunca estarei bem o suficiente.
Não como nos meus sonhos de criança,
aqueles que eu tinha depois do almoço, no sono bom da tarde.
Acordei deles tem tempo, cresci, amadureci e aprendi que não,
eu provavelmente nunca estarei bem o suficiente.