domingo, 25 de novembro de 2012

Sem começo, sem fim

Uma vontade enorme de escrever
e um vazio maior que a vontade, pois não sei o que dizer.
Tragam-me por favor uma máquina da verdade,
aquela dos programas sensacionalistas da TV
pra eu tentar entender se o que eu penso e escrevo é verdade,
nem eu sei.
Hoje é um daqueles dias que depois de muitas horas de sono
eu acordo e me pergunto incessantemente:
O que é que eu tenho feito da vida?
Ou melhor, o que a vida tem feito de mim?
O que são esses sentimentos?
E esse vazio, o que pode preencher?

...Este é um texto sem fim,
assim como as incertezas da minha vida.


Ouvindo Melissa, Back To Me





quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Pra dizer que estou vivo

Há tanto tempo sem escrever e há tanto para ser dito. Ou nada.
Em todos esses meses só um sentimento existiu:
aquele sentimento doído da paixão não correspondida.
Todo e qualquer ser humano já passou por isso e sabe do que falo,
só que dessa vez fiz diferente, deixei-me viver esse sentimento,
sem tentar cobrí-lo com novas paixões,
sem procurar preencher o vazio que existia em mim com pessoas
que, eu sabia, não iriam conseguir me dar a metade do que eu
precisava naquele momento que era só meu.
E de mais ninguém. Afinal, foi eu quem me deixei vivê-lo.
Pode parecer confuso pra quem lê,
mas é que foi confuso pra mim também.
Viajar, conhecer tantos lugares e pessoas e ver que ninguém, nem
nada poderia preencher o que eu estava sentindo naquele momento.
Foi difícil, eu diria cruel, mas necessário.
Na volta a constatação, nada era como antes
e apesar de não saber o que sinto hoje, sei que tudo é diferente.
Como diria a canção: "Vamos viver tudo que há pra viver",
sem planos, sem amarras, sem arrependimentos ou trapaças,
não com os outros, mas comigo mesmo.
Seguir, é só o que eu quero.

Prolixo? Também achei.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Compartilhando

"...Havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção de uma ostra que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: “Ela não sai da sua depressão”. Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas aspereza, arestas e pontas,  bastava envolvê-lo com uma substância lisa,  brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o seu trabalho – por causa da dor que o grão de areia lhe causava. Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras de repente seus dentes bateram numa objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz.
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e para nós, seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são dores na alma."


Do Livro "Ostra Feliz não faz Pérola", do grandioso Rubem Alves. 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

.balanço

Um ano, inúmeras emoções.
Aquela paixão antiga de sempre.
Correria, o casamento da irmã - a única.
Adaptação, uma casa onde viviam quatro agora são só dois.
Susto, uma nova paixão.
Outro susto, o fim da paixão.
Desafio, novo trabalho.
Mais desafio, a primeira parte do projeto de graduação.
No fim dele alegria, uma boa nota e fôlego pra continuar. 
Muitas idas e vindas, muitos transtornos e retornos,
Muitas alegrias e agonias. Muitos tudos e vários nadas.
Foi 2011, vem 2012.
Que venha melhor e maior.
Que tenha amor e sorrisos.
Afinal, do que é feito o amor se não de sorrisos,
ou o que são os sorrisos sem o amor?



Último dia de trabalho e último post do ano.
Pelo menos nos meus planos.
Compartilhando a boa música do dia, aqui.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Em um mundo tão capitalista,
onde a ganância e o dinheiro mandam em quase tudo,
ainda é possível encontrar pessoas boas,
com puros corações, ingenuidade e alegria que transparecem,
pessoas que se preocupam mais em ser do que em ter,
que com toda simplicidade e timidez causam em mim algo diferente.
E é assim que eu espero ser pra você.
Sempre simples, sem receios ou bloqueios.



Pra quem tem comigo uma aposta,
que talvez ainda leve muito tempo pra ter fim.
Mas um dia acaba. De um jeito ou de outro acaba.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

"... E o negócio então é esperar esse tal alguém chegar.
Até lá, a gente vai vivendo como pode
e fazendo o que não deve. Ou deve."



De uma conversa rápida, mas proveitosa com a Xu.
Da vida. Do que sinto, ou deixo de sentir. Ainda não sei.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Talvez seja eu quem afaste as pessoas.
Afinal, quando mais quero e preciso
é quando elas mais distantes estão.
Odeio sentir o sabor da exclusão,
de ser deixado de lado,
esquecido ou rejeitado.
Deixar de lado sempre foi minha especialidade,
mas quando é comigo não acho legal, não mesmo,
até porque, só deixo quem nunca mereceu estar ao meu lado.
Não sou a melhor pessoa do mundo,
nem o mais bonito, nem de longe o mais legal,
rico, engraçado, ou ainda o de gênio mais fácil,
mas sei que com todas essas minhas imperfeições,
ainda há algo bom em mim.
Continuo esperando o imperfeito pra me tonar perfeito,
afinal, menos com menos é mais, não é?


Estou carente, mais que a Juju,
ouvindo Melissa,
pronto pra que uma lágrima resolva cair,
mas já decidi, como sempre, vou segurar.