quinta-feira, 22 de julho de 2010

E eu estou assim,
Assim mesmo, sem ninguém.
Sozinho de vez, mas só dessa vez.
Enfim, consegui um tempo só meu, pra limpar meu coração,
Afinal, um dia a gente precisa dar uma faxina em casa,
E sendo o coração a casa dos sentimentos,
Resolvi limpá-lo, pra tirar dele todos os restos de sentimentos,
Aqueles que ficam escondidos e só saem
Quando a gente faz uma limpeza completa,
Daquelas que tiram os móveis do lugar,
Limpam embaixo dos tapetes,
Tiram as teias de aranha.
E é assim que meu coração vai ficando limpo
E tomando forma de coração de novo.
Preciso deixar a casa em ordem, pra quando chegar uma visita
Que mereça entrar e pousar nela,
Entre, pouse uma noite e fique para sempre.
Porque eu sei, um dia toda essa ansia, esses conflitos sentimentais,
Esses medos que me envolvem, vão passar.
Só ai conseguirei entregar meu coração de vez,
Para que a visita momentânea torne-se a companhia da vida toda.

2 comentários:

  1. Rodriguinhooooooooooooo AMEI!!!
    E é bem nessa faxina q o meu coracao se encontra...muito boa sua metafora!

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  2. Todos os corações deveriam passar por essa faxina.
    É necessário, é importante, faz parte do ciclo.

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